*Gilda Pinheiro de Campos*
Quando pela primeira vez falei de saudade,
ainda não tinha a real dimensão do que era...
Sempre a mantive longe de mim,
apenas um sentido poetico, romantico...
Mas o tempo, esse carrasco,
me ensinou que ela sim existe e estava do meu lado,
apenas esperando o momento certo para se fazer presente...
E a conheci, e como...de perto, me tomando inteira,
me fazendo chorar, lamentar
momentos não vividos, horas, dias de espera...
E como ela se fez cruel, dolorida...
Diferente essa saudade que senti...
Tão real, tão minha...sim...minha, que ironia,
como pode ser ela tão invasiva e se fazer
minha...não a convidei, nem a pedi como companhia...
Simplesmente se instalou soberana,
dona e senhora de mim...
Hoje que consegui me livrar dela,
a vejo outra vez como algo distante,
que consigo conviver, com calma, sem
grandes intimidades...
Sei que ela existe, que quando
quer se faz sentir, mas que já
não é presença constante...
É mais uma visitante ocasional
e em datas especiais...
É visita indesejada,
Grandes saudades terei sempre...
Fazem parte da minha existencia, mas
serão sempre sentidas de maneira tranquila,
minha vida, se fizeram parte dela e
quando partiram me deixaram um vazio
porque foram importantes...
Deixaram amor, levaram amor...
São insubstituiveis, únicas, eternas...
Tenho certeza que noutra dimensão as
encontrarei e tudo continuará...
Apenas uma interrupção, nada mais...
Essa certeza ameniza a saudade...
Me faz sorrir quando olho o horizonte
e sinto alí guardadas para sempre
cada momento vivido,
e eternizado na memória...
A vida continua...07/09/2011
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